Lição 01: 2 Coríntios 1 – Consolo na Tribulação
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EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada)
TEMA: 2 Coríntios 1 – Consolo na Tribulação
SUPLEMENTO EXCLUSIVO AO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em 2 Coríntios 1 há 24 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, 2 Coríntios 1.1-24 (2 a 3 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Olá, professor(a)! Iniciaremos o estudo de uma das cartas mais subjetivas de Paulo, na qual ele tratou sabiamente dos conflitos que havia na igreja de Corinto. Apesar de ser uma carta, o tom informativo muitas vezes dá lugar à confissão pessoal de duras experiências vinculadas ao ministério apostólico e ao pastoreio das igrejas. O problema local eram as acusações de seus opositores, que lançaram suspeitas sobre a confiabilidade do seu ministério e sobre sua capacidade de transmitir os ensinamentos de Jesus. A grande mensagem do início da carta é a mansidão, conforme Jesus a praticou até o limite da morte na cruz. A vida cristã alicerçada na paciência e no amor é o grande tema que abre a carta.
OBJETIVOS
- Praticar a paciência e temperança.
- Aprender a consolar os que sofrem.
- Priorizar as necessidades dos que sofrem.
PARA COMEÇAR A AULA
Será que teríamos a mesma mansidão de Paulo se alguém nos acusasse injustamente? Será que costumamos consolar os que sofrem, mesmo quando estamos sofrendo também? Peça aos irmãos que recordem situações semelhantes, isso os ajudará a entender o tema da lição. Você pode pedir a um ou mais voluntários que fiquem nas últimas cadeiras e encham balões enquanto os irmãos relatam ofensas e sofrimentos já vividos. Ao final os voluntários devem amarrar os balões e escrever neles: paz, paciência, amor, etc
LEITURA ADICIONAL
As palavras consolo, consolação, consolar e suas formas relacionadas aparecem nove vezes em 2 Coríntios 1.3-7; por isso precisamos entender claramente o seu significado. Paulo usa a palavra grega parakaleo, que é muito expressiva; é composta dos elementos para “ao lado de”, “ao pé de”, e kaleo “chamar”. Assim, significa literalmente “chamar ao pé de si”. Leva também o significado da função da pessoa chamada, ou seja, “consolar”. O substantivo paraklesis significa “consolação”, “exortação”, e a pessoa chamada ou invocada nesse contexto é o parakletos ou “consolador”, “advogado”, “conselheiro”. Foi essa palavra empregada por Jesus referente ao Espírito Santo. Ele é nosso parakletos celestial, que nos socorre quando o invocamos e habita em nós para nos fortalecer, aconselhar e animar no caminho do bem. Ele nos consola na tristeza, dá alegria e infunde coragem. Já que vive em nós, quer também agir por nosso meio, proporcionando a outros o mesmo consolo que temos recebido dEle (Jo 14.16,17,26; 2 Co 1.3-5). Um lindo exemplo disso é a ocasião em que Paulo animava aos passageiros e marinheiros durante a tempestade, consolando-os com o conforto que tinha recebido do anjo do Senhor (At 27.21-26). Consolar, pois, é mais que dar os pêsames a uma pessoa enlutada: implica também em fortalecer e apoiar os outros com palavras ao mesmo tempo lógicas e simpatizantes, estando ao lado deles nos momentos de provação.
Livro: Comentário Bíblico: 1 e 2 Coríntios (Thomas Reginald Hoover, CPAD, 1999, pp. 155-156).
Texto Áureo
“A nossa esperança a respeito de vós está firme, sabendo que, como sois participantes dos sofrimentos, assim o sereis da consolação.” 2Co 1.7
Leitura Bíblica Com Todos
Verdade Prática
Devemos ser pacientes e constantes nas adversidades, pois somos consolados por Jesus a fim de também nos consolarmos uns aos outros.
INTRODUÇÃO
I- A AÇÃO DE GRAÇAS 1.1-7
1- Gratos até pela tribulação 1.1-3
2- Amparados nas tribulações 1.4-5
3- Consolados na tribulação 1.6-7
II- SEMPRE CONSTANTES 1.8-14
1- Apesar das aflições 1.8-9
2- Dependentes de Deus 1.10-11
3- Sustentados pela graça 1.12-14
III- MANSOS COMO JESUS 1.15-24
1- Conciliador 1.15-17
2- O Sim e o amém 1.18-20
3- A atitude prudente 1.21-24
DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda – 2Co 1.3
Terça – 2Co 1.7
Quarta – 2Co 1.12
Quinta – 2Co 1.18
Sexta – 2Co 1.21
Sábado – 2Co 1.24
Hinos da Harpa: 100 – 139
INTRODUÇÃO
A segunda carta aos coríntios foi escrita entre os anos de 54 e 57, quando Paulo estava na Macedônia percorrendo as igrejas locais no intuito de instruí-las e motivá-las a participar da coleta que estava organizando em favor da igreja de Jerusalém. É preciso dizer que esta segunda carta foi na verdade a terceira, pois em 1 Coríntios 5.9, o apóstolo Paulo menciona uma carta anterior. A segunda epístola aos coríntios é uma das cartas mais pessoais de Paulo, pois ele expõe suas fragilidades: cansaço, medo, solidão e perseguições sofridas por amor à igreja e ao Evangelho.
I- A AÇÃO DE GRAÇAS (1.1-7)
Em meio a calúnias e ofensas, o apóstolo nos ensina o equilíbrio entre a firmeza e a paciência. Firme na defesa do Evangelho e do ministério que lhe foi confiado por Deus, Paulo também nos ensina a suportar as tribulações debaixo da consolação do Espírito Santo.
1- Gratos até pela tribulação (1.1-3) Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação (1.3).
Paulo inicia a carta com sua já conhecida maneira de saudar as igrejas. Primeiro uma justificativa para o seu ministério: “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus”. A seguir, a particularização do destinatário: “à igreja de Deus que está em Corinto”. Note que Paulo atribui o seu ministério a Deus, não a interesses humanos; veremos que esse início marca o firme argumento diante dos que questionavam sua autoridade apostólica. Logo a seguir, mais um posicionamento firme: a igreja de Corinto pertence a Deus (1.1). Era importante esclarecer que Deus o havia escolhido, afinal, alguns se levantaram contra os ensinamentos do apóstolo, a ponto de dizerem que ele não tinha autoridade nem capacidade para ensinar. Apesar de sofrer a rejeição, Paulo dá graças ao “Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação” (1.3), pois ele permite a tribulação para que consolemos uns aos outros, assim como somos consolados por Ele.
2- Amparados nas tribulações (1.4-5) Porque, como as aflições de Cristo transbordam para conosco, assim também por meio de Cristo transborda a nossa consolação (1.5).
Embora Paulo tenha trado firmeza ao reafirmar sua autoridade como apóstolo escolhido por Deus, o início da carta também o mostra em meio a muita angústia e fragilidade, possivelmente por ter sido duramente perseguido em Éfeso. O tom usado na carta é o de quem não quer polêmicas, por isso percebemos em Paulo a atitude do crente que suporta as aflições, mesmo na forma de rejeição de parte dos fiéis em Corinto. Ele demonstra a certeza de participar dos sofrimentos de Cristo por causa do Evangelho e o privilégio de ser consolado pelo Espírito Santo (Jo 14.16) que nos ensina a paciência e a constância a fim de testemunharmos a outros irmãos que também padecem.
3- Consolados na tribulação (1.6-7) Mas, se somos atribulados, é para o vosso conforto e salvação; se somos confortados, é também para o vosso conforto, o qual se torna eficaz, suportando vós com paciência os mesmos sofrimentos que nós também padecemos (1.6).
Paulo não reage com insultos por causa das acusações que recebeu dos coríntios; ele sabe que os seus contestadores não são a maioria. Além disso, o avanço do Evangelho da salvação foi comissionado a ele, portanto, cabia-lhe sofrer com paciência a fim de que outros mesmo os que o difamaram fossem consolados pela pregação da cruz por ocasião das suas próprias aflições. Se o Espírito sustenta os que amam o Evangelho é para que outros, sendo também perseguidos, creiam que em meio às tribulações também serão consolados. Em algumas circunstâncias o Evangelho exige renúncias e escolhas dolorosas. Mas em tudo devemos ser pacientes para que, ao verem como Jesus nos conforta, outros também sigam fiéis. Como pastor zeloso, Paulo testemunha para encorajar a igreja; aqueles que eram fiéis ao que ele havia ensinado também eram difamados: “como sois participantes das aflições, assim o sereis também da consolação” (1.7).
II- SEMPRE CONSTANTES (1.8-14)
Com o propósito de demonstrar que nenhuma oposição obstinada o fará abandonar o Evangelho verdadeiro, Paulo mostra o poder da graça de Deus sobre os que suportam lutas em obediência.
1- Apesar das aflições (1.8-9) Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos; (1.9).
Basta olhar para os versículos que abrem a carta para entendermos que a ênfase do apóstolo não é sobre si, mas sobre “o Pai de misericórdias”. Se ele não detalha a circunstância que o levou à certeza de sua morte iminente é porque não cabem as particularidades da tribulação, apenas a declaração de que para um grande sofrimento há sempre uma grande consolação. Paulo mostra que as perseguições o impediram de vista-los mais uma vez, como prometera: “fomos sobremaneira oprimidos acima das nossas forças, de modo tal que até da vida desesperamos” (1.8), pois já “tínhamos a sentença de morte” (1.9). A essa altura poderíamos perguntar: por que Paulo e seus discípulos foram submetidos a tantas dores? Ele responde: “para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos” (1.9).
2- Dependentes de Deus (1.10-11) O qual nos livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos (1.10).
Segundo um conhecido ditado popular, “cada um só dá o que tem”. A experiência de desespero e risco extremo de morte produziu em Paulo um testemunho convicto a ser compartilhado com a igreja. O apóstolo fala com propriedade sobre o que viveu, por isso pode ensinar uma lição valiosa: quando é impossível para o homem e este se dá por vencido, é nesse instante que Deus mostra o seu poder, seu amor e sua providência. Só pode testemunhar quem teve a experiência consoladora de depender totalmente de Deus quando tudo era humanamente impossível. Mas, por que o Senhor às vezes nos prova em níveis tão extremos? Para que, pelo nosso testemunho, muitos sejam fortalecidos na sua fé e venham a suportar com paciência e resignação os percalços da trajetória, sujeitando-se completamente a Deus a fim de gozarem de suas consolações.
3- Sustentados pela graça (1.12-14) Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que, com santidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas, na graça divina, temos vivido no mundo e mais especialmente para convosco (1.12).
A partir deste ponto da carta, Paulo menciona algumas das acusações levantadas contra ele no meio da própria igreja. A primeira é a de que ele seria inconstante e imprevisível, pois desistiu de visitar a cidade depois de ir à Macedônia, como havia prometido. Paulo afirma que ele e seus discípulos viviam em santidade, não movidos por convicções ou critérios opostos ao Evangelho. No verso 13 ele traz à memória dos coríntios sua carta anterior (1 Coríntios) com a intenção de mostrar que sua pregação e sua conduta não mudaram nem foram contaminadas por “sabedoria carnal”. Aprouve a Deus que ele padecesse em Éfeso, por isso a visita não aconteceu. Visivelmente triste, sabendo que ali havia um grupo resistente ao seu ministério, ele declara: “em parte (não todos) nos reconhecestes, que somos a vossa glória”, ou seja, que somos motivos de alegria para todos, por isso temos certeza de que também “vós sereis a nossa no dia do Senhor Jesus” (1.14).
III- MANSOS COMO JESUS (1.15-24)
De modo detalhado e prudente, Paulo explica os motivos que o impediram de retornar a Corinto quando planejava. Ele expõe a verdade, derruba as mentiras a seu respeito e explica que não tem interesse em conflitos, mas em assegurar a perseverança dos que creem.
1- Conciliador (1.15-17) E nesta confiança quis primeiro ir ter convosco, para que recebêsseis um segundo benefício (1.15).
Numa atitude responsável e madura, Paulo explica como havia planejado sua visita a Corinto, a fim de derrubar qualquer acusação leviana. Sua intenção era ir pela segunda vez à cidade, o que seria para aquela igreja um “segundo benefício”. Contudo, aprouve a Deus outros planos. A ideia era ir de Éfeso a Corinto, depois para a Macedônia e, na sequência, retornar ao Corinto. Ele está mostrando à igreja que acusá-lo de mentiroso ou irresponsável era injusto e imprudente. Paulo, inclusive, menciona que sua intenção inicial era coletar uma oferta entre eles para levá-la à Judeia (1.16). Depois de expor seus planos iniciais, Paulo pergunta: “deliberando isto, usei porventura de leviandade?”. A pergunta serve para fazê-los entender que os planos do apóstolo tinham coerência e boas intenções, nada foi pensado em benefício próprio ou de maneira irresponsável, mas com prudência e sinceridade.
2- O Sim e o amém (1.18-20) Antes, como Deus é fiel, a nossa palavra a vós não é sim e não (1.18).
Ao explicar com paciência quais eram os seus planos e demonstrar como as acusações contra ele eram imprudentes, Paulo reafirma sua sinceridade num tom mais enérgico: “a nossa palavra a vós não é sim e não”. Até aqui o apóstolo demonstrou tudo que sofreu e o quanto fez planos de abençoar aquela igreja, sem medir esforços nem se beneficiar de outra coisa senão da alegria de pregar o Evangelho. Paulo faz questão de lembrar que Jesus crucificado centro de sua pregação foi tão coerente com sua mensagem que morreu para nos salvar, não havendo Nele mentira. Esse mesmo Jesus teria convocado mentirosos para anunciar uma verdade que Ele pagou com a vida? Não faria nenhum sentido. A síntese do argumento de Paulo é: tendo eu pregado uma salvação tão verdadeira, a ponto de ser comprada com a morte do filho de Deus, como poderia mentir? Portanto, sendo Jesus “o amém” a certeza – das promessas de Deus e o centro da pregação ministrada em Corinto, era por meio de Paulo que a verdade da cruz era ensinada para a glória de Deus (cf 1.20).
3- A atitude prudente (1.21-24) Ora, tomo a Deus por testemunha sobre a minha alma de que é para vos poupar que não fui mais a Corinto (1.23).
Os coríntios poderiam se perguntar: se ele não veio nos visitar porque estava preso, por que não veio após as aflições que passou em Éfeso (At 19.23-41)? Antecipando-se à pergunta, Paulo explica que julgou melhor não ir até eles sem antes esclarecer em carta toda a verdade sobre o que realmente o impediu de fazer a visita que planejava. Sabendo que parte da igreja estava confusa por causa das muitas calúnias a seu respeito, o apóstolo julgou que não seria bem recebido. Para que a fé de muitos não fosse abalada por dúvidas e falsas narrativas, Paulo entendeu que uma detalhada explicação por carta evitaria um escândalo desnecessário. Ele declara que Deus é testemunha de toda a verdade acerca do que ele escreve e assegura: “é para vos poupar que não fui mais a Corinto” (1.23). Paulo não queria polêmicas, apenas zelar pelos irmãos já firmados na fé e mostrar-lhes que ele e os seus auxiliares não eram mentirosos, mas sim “cooperadores do vosso gozo”(1.24).
APLICAÇÃO PESSOAL
O poder e a consolação do Espírito Santo estão disponíveis a todos que fazem a obra de Cristo.
RESPONDA
1) Por que o ministério de Paulo era legítimo?
R. Porque ele foi chamado pelo próprio Jesus.
2) Para quê o Espírito Santo nos sustenta nas tribulações?
R. Para que possamos consolar outras pessoas
3) Por que Paulo não visitou os coríntios como havia planejado?
R. Porque estava preso em Éfeso.
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