Lição 02: 2 Coríntios 2 – O bom perfume de Cristo
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EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada)
TEMA: 2 CORINTIOS 2 – O bom perfume de Cristo
SUPLEMENTO EXCLUSIVO AO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em 2 Coríntios 2 há 17 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, 2 Coríntios 2.1-17 (2 a min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. A Paz do Senhor, professor(a)! Hoje veremos como Paulo assumiu uma postura firme e clara diante da rebeldia de alguns membros da igreja em Corinto. Ele usou palavras moderadas, porém firmes e intransigentes contra os maus comportamentos; paciente com as pessoas, mas combativo contra os seus pecados. Aos arrependidos ele assegura o direito ao perdão, a fim de que a igreja manifeste o mesmo amor pelo qual foi perdoada de seus pecados. Paulo nos compara a cativos de Jesus, discípulos conquistados pela mensagem da cruz, perdoados e chamados a perdoar em nome daquele que nos trouxe à vida. Para que a igreja não se desvie do seu propósito, Paulo os adverte quanto aos perigos de se afastarem da verdadeira pregação do Evangelho.
OBJETIVOS
- Pedir a Deus sabedoria para instruir.
- Perdoar os que se arrependem.
- Viver conforme ao Evangelho.
PARA COMEÇAR A AULA
Você já ouviu uma ideologia contrária à Bíblia defendida por uma pessoa muito querida? O que fazer nessa hora? Como defender a verdade da nossa fé? Não podemos renunciar ao Evangelho, mas devemos aconselhar com amor e ensinar com paciência. Escolha três voluntários previamente e instrua dois deles a contar uma história ficcional sobre si mesmos. Só o terceiro deve contar um fato real. Todos devem ser bastante convincentes. Ao final, peça aos irmãos para descobrirem qual a história verdadeira. Mostre a importância de discernir o que é bíblico e o que não é.
LEITURA ADICIONAL
O capítulo 2 relata dois casos de relações difíceis em que era necessário uma infusão de consolo. Os versículos 1-4 falam da mágoa do apóstolo Paulo após a sua visita penosa aos coríntios (2.1). Ele não queria prolongar aquele tipo de relacionamento, e fala da tristeza da igreja inteira e do irmão que pecara e estava sendo castigado pela congregação. Veja nos versículos 1-4 as palavras de reconciliação que Paulo oferece aos crentes coríntios Ele se refere a uma carta dura que lhes mandou em mãos de Tito. Teria sido bem mais fácil para Paulo abandonar os coríntios à sua própria sorte e dedicar a sua atenção a outras igrejas. Mas ele os amou, e não podia deixá-los abandonados ao erro. Ele os colocou frente a frente com o seu problema e pecado, mas não agiu de forma vingativa, e sim com amor e com lágrimas. Essa sua expressão de amor e confiança, junto a exortação dada, incentivou os coríntios a confessarem, contritos, a sua falta. Os versículos 5-11 são de interesse e desafio. Não sabemos bem quem pecou e agora recebia perdão e consolo. Uns poucos estudiosos acham que foi aquele incestuoso de 1 Coríntios 5.1-5, mas a maioria acha que foi outro indivíduo. Qual teria sido o pecado desse? É Paulo quem chama a igreja para perdoar e consolar o irmão caído. No seu gesto de perdoar o pecador e convidar a igreja a perdoá-lo da mesma forma, Paulo aplicava o princípio que ele mesmo tinha ensinado em 1 Coríntios 13. Livro: Comentário Bíblico: 1 e 2 Coríntios (Thomas Reginald Hoover, CPAD, 1999, pp. 159-160).
Texto Áureo
“Para uns, na verdade, cheiro de morte para morte; mas para outros, cheiro de vida para vida. E para estas coisas quem é idôneo?” 2Co 2.16
Leitura Bíblica Com Todos
Verdade Prática
Estamos sujeitos a ataques por amor ao Evangelho, mas devemos seguir espalhando a mensagem de Jesus por onde passarmos.
INTRODUÇÃO
I- AMOR E CORREÇÃO 2.1-4
1- Firmeza contra o pecado 2.1-2
2- Iniciativa de reconciliação 2.3
3- Correção por amor 2.4
II- DISPONIBILIDADE PARA O PERDÃO 2.5-17
1-. Amor e disciplina 2.5-6
2- O perdão que restaura 2.7
3- O desígnio de Satanás 2.8-11
III- TRIUNFO E PERFUME DE CRISTO 2.14-17
1- Jesus nos conduz em triunfo 2.14
2- Triunfo e perfume de Cristo 2.14-15
3- O perfume de vida ou de morte 2.16-17
APLICAÇÃO PESSOAL
DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda – 2Co 2.3
Terça – 2Co 2.4
Quarta – 2Co 2.8
Quinta – 2Co 2.10
Sexta – 2Co 2.14
Sábado – 2Co 2.15
Hinos da Harpa: 196 – 372
INTRODUÇÃO
Em meio ao cuidado com a santidade da igreja, Paulo é movido por um amor pastoral e os corrige para o aperfeiçoamento de suas vidas. Para isso, foi necessário explicar-lhes em que circunstância e com que intenções foi tão severo na carta anterior (1 Co 5.9).
I- AMOR E CORREÇÃO (2.1-4)
As notícias que Paulo recebeu acerca da igreja em Corinto mencionaram a conduta incorreta de alguns membros e muita resistência dessas pessoas ao seu ensinamento. Por isso, no capítulo 2 a carta ainda trata da prudência do apóstolo e da hostilidade de parte da igreja.
1- Firmeza contra o pecado (2.1-2) Mas deliberei isto comigo mesmo: não ir mais ter convosco em tristeza. (2.1).
A tristeza mencionada pelo apóstolo (2.1) é causada pela notícia de que alguns desprezaram a mensagem da cruz. Quanto a esses, não é possível outra atitude senão corrigi-los. Então, Paulo está dizendo que necessariamente ficariam tristes (aborrecidos) quando fossem repreendidos. Contudo, essa seria a única forma de fazê-los motivo de alegria para quem os corrigiu (2.2). Precisamos aprender a ser intransigentes com o pecado, mas também a agir com prudência e estratégia para não causarmos mais contendas em circunstâncias polêmicas. Em síntese, Paulo está dizendo que se fosse a Corinto os ânimos iriam piorar, por isso preferiu repreendê-los através de carta.
2- Iniciativa de reconciliação (2.3) E escrevi isto mesmo, para que, chegando, eu não tenha tristeza da parte dos que deveriam alegrar-me; confiando em vós todos, que a minha alegria é a de todos vós.
Se lermos com atenção, veremos que a correção através de cartas foi uma estratégia. Uma estratégia ao mesmo tempo segura e eficiente, pois garantiu a advertência sem gerar respostas agressivas ou ataques acalorados. Cartas não eram instantâneas como as mensagens de celular, por isso evitavam as discussões e as palavras precipitadas. Note que a expectativa de Paulo era que a carta produzisse efeitos positivos, só então ele os visitaria. Paulo está dizendo: primeiro mandei a correção por escrito para que “chegando, eu não tenha tristeza da parte dos que deveriam alegrar-me”. Ele não está fugindo do debate, mas apenas sendo cauteloso e apaziguando os ânimos, pois de “cabeça quente” ninguém conversa, tampouco aconselha. O zelo missionário do apóstolo salta aos olhos quando ele afirma, que todos, tanto a igreja quanto ele mesmo voltarão a ser alegres e unidos, sobretudo quando o pеса- do motivo de toda tristeza – for extirpado do meio deles.
3- Correção por amor (2.4) Porque, no meio de muitos sofrimentos e angústias de coração, vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que ficásseis entristecidos, mas para que conhecêsseis o amor que vos consagro em grande medida.
Neste verso vemos que o apóstolo não alimenta qualquer rancor. A carta anterior foi escrita entre lágrimas, possivelmente supondo o risco de deturpação da mensagem da cruz e de muitos virem a se perder. Sem dúvida, Paulo deixou pessoas queridas em Corinto, por isso era doloroso pensar que elas também estariam expostas ao engano, à mentira e ao perigo de caírem nas ciladas de Satanás. A perspectiva de Paulo é espiritual, precisamos perceber que por trás das lágrimas do missionário está a consciência de que Cristo vai requerer uma “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Ef 5.27). Observe que quando Paulo olha para o que está acontecendo na igreja em Corinto, ele prevê o que pode acontecer com aqueles irmãos que forem enganados.
II- DISPONIBILIDADE PARA O PERDÃO (2.5-17)
Além de ser uma ordenança de Jesus, o perdão tem o poder de derrubar qualquer estratégia de Satanás para gerar separações e desordens na igreja.
1- Amor e disciplina (2.5-6) basta-lhe a punição pela maioria (2.6).
Numa demonstração de prudência e amor cristão genuíno, Paulo trata de um caso específico. É o único momento da epístola em que ele aconselha o que fazer com alguém em particular. Talvez algumas das piores ofensas e acusações tenham partido exatamente dessa pessoa a quem Paulo menciona sem revelar o nome. Alguns estudiosos cogitam que este homem seja o mesmo já citado em 1Co 5.1. Contudo, o mais relevante é a advertência para quem tem “causado tristeza” (2.5). O modo como Paulo comenta o fato sugere que ele foi o alvo dessa tal pessoa. Referindo-se às intenções daquele homem, Paulo diz que ele, ao tentar desacreditar a sua mensagem, “não o fez apenas a mim, mas, para que eu não seja demasiadamente áspero, digo que em parte a todos vós” (2.5). A ideia evocada aqui é a de que todos os que atacam a mensagem da cruz, atacam toda a igreja; mais que isso, quem ataca a igreja, ataca o Senhor Jesus. Apesar da má conduta, Paulo afirma que a punição devida e proporcional visa restauração e não rejeição permanente.
2- O perdão que restaura (2.7) De modo que deveis, pelo contrário, perdoar-lhe e confortá-lo, para que não seja o mesmo consumido por excessiva tristeza.
Paulo exorta-os a todos acerca do critério que devem adotar para o julgamento daquele irmão. A essa altura precisamos observar que o apóstolo está passando por momento turbulento e sofrendo dura rejeição; era esperado que ele aproveitasse a ocasião para também usar um critério severo contra quem pecou ou o atacou. Contudo, ele conhece a dor de ser rejeitado (2.6). Paulo ensina a prática do perdão conforme Jesus ilustrou pela parábola do servo impiedoso (Mt 18.23-35). Ele talvez tenha lembrado do início de sua conversão, quando em- bora fosse um mestre excepcional, precisou fugir às escondidas para não ser morto pelos seus antigos aliados (At 9.25) e, procurando acolhida entre os apóstolos de Jesus, sentiu-se rejeitado por causa de seu passado de perseguidor de cristãos (At 9.26).
3- O desígnio de Satanás (2.8-11) Para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios (2.11).
O apóstolo chega a dizer que escreveu antes para assegurar-se de que seu conselho seria atendido e, assim, todos perdoassem o irmão que errou: “vos rogo que confirmeis para com ele o vosso amor. E foi por isso também que vos escrevi, para ter prova de que, em tudo, sois obedientes” (2.9-10). O perdão a quem se arrepende mantém a igreja unida e de pé para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois conhecemos os seus planos de criar divisões e corrupção no corpo de Cristo. A ordem é perdoar todos os que se arrependem e buscam sinceramente o perdão. Ora, um corpo não pode subsistir de modo desconcertado e disfuncional. Isso significa que todos, sem exceção, devem perdoar aquele que busca reconciliação. Por isso, Paulo, para dar o exemplo a todos, declara solenemente: “A quem perdoais alguma coisa, também eu perdoo” (2.10), pois sempre que houve algo a perdoar, “o fiz na presença de Cristo”.
III- TRIUNFO E PERFUME DE CRISTO (2.14-17)
Ao expor suas expectativas por notícias de Corinto, Paulo pretende mostrar o quanto os ama e se preocupa com todos. Em meio a tanta preocupação, ele registra sua certeza do triunfo do Evangelho.
1- Jesus nos conduz em triunfo (2.14) Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento.
O apóstolo faz questão de mostrar o quanto ficou ansioso para ter notícias de como os coríntios haviam reagido às suas primeiras cartas. Teriam se arrependido? Teriam perdoado uns aos outros? Teriam compreendido o motivo pelo qual resolvera escrever ao invés de visitá-los? Certamente, essas eram as preocupações que o levaram a grandes expectativas pelo regresso de Tito com resposta a todas essas perguntas. Já que Tito ainda não havia chegado a Trôade, onde deveriam se encontrar, Paulo resolve encontrá-lo a meio do caminho e parte para a Macedônia, tamanha era sua expectativa. Vale observar que, enquanto aguardava em Trôade, uma porta se lhe abriu no Senhor, “não tive, contudo ele diz tranquilidade no meu espírito”. Perceba a intenção de mostrar o quanto Corinto o preocupava. Mas, a eficácia da pregação feita em Trôade, enquanto aguardava por Tito, mostrava que a igreja seguia crescendo sob o comando de Jesus e cumprindo seu caminho triunfante.
2- Triunfo e perfume de Cristo (2.14-15) Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem (2.15).
Embora não tenha plantado uma igreja em Trôade por causa da preocupação com os fatos em Corinto, Paulo destaca aquela oportunidade como um triunfo do verdadeiro Evangelho: “Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo”. Era a providência divina que sinalizava para o avanço da igreja genuína. Note que na cultura militar romana o triunfo era o cortejo que tinha à frente o general de um exército vencedor. Paulo usa essa imagem para dizer que o nosso general é Cristo. Após o general vêm os vencidos, uns como escravos; outros, condenados à morte. Enquanto desfilavam, os moradores da cidade espalharam perfumes, que para uns são cheiro de vida, pois foram poupados; para outros, são cheiro de morte, pois foram condenados. O que Paulo está dizendo é que por meio da sua pregação – e não da pregação dos que o acusam – espalha-se uma verdade: o bom perfume de Cristo (2.15), que converte muitos em servos fiéis de Jesus. Vale dizer que Paulo estava mencionando o fato de muitos escravos serem libertados e beneficiados com cidadania romana, isso ilustra a libertação dos que aceitam o governo de Cristo sobre suas vidas. Para outros, contudo, o bom perfume da mensagem verdadeira representa condenação, pois a rejeitaram (Jo 12.48).
3- O perfume de vida ou de morte (2.16-17) Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é sufi- ciente para estas coisas? (2.16).
No verso 15, Paulo menciona dois tipos de pessoas classificadas de acordo com sua resposta ao Evangelho: os que são salvos e os que se perdem. A fragrância do conhecimento” é reveladora do que temos em nós, pois quando entra em contato com a iniquidade ou com a religiosidade legalista exala a morte eterna; quando essa fragrância toma contato com um coração quebrantado, revela um cheiro de vida eterna. A metáfora ensina que os efeitos da pregação verdadeira podem ser percebidos de longe na vida das pessoas. Perceba que a ideia é semelhante à que Jesus ensinou na parábola do semeador: em contato com a boa semente, a terra mostra sua qualidade. Mas, afinal, o que Paulo quer dizer aos coríntios? O apóstolo está rebatendo a acusação de que ele não era qualificado para anunciar o Evangelho, provando que seu ensino gerava conversões. Quanto aos seus acusadores, estes exigiam privilégios, exploravam o povo e ministravam uma mensagem judaizante baseada na lei mosaica. Por isso, seus ensinos têm cheiro de morte (Rm 8.1-2) e não podem produzir efeito de salvação eterna.
APLICAÇÃO PESSOAL
O bom perfume de Cristo tem sido exalado através da sua vida?
RESPONDA
1) Por que Paulo resolveu enviar uma carta antes de visitar os coríntios?
R. Porque evitaria conflitos quando os encontrasse
2) Quando alguém erra, qual deve ser a finalidade da advertência?
R. Restaurar aquele que errou para que não peque mais
3) O que significa o bom perfume de Cristo?
R. A salvação para os que creem no Evangelho
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