Lição 09: 2 Coríntios 9 – Sementeira e Colheita
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EBD PECC (Programa de Educação Cristã Continuada)
TEMA: 2 Coríntios 9 – Sementeira e Colheita
SUPLEMENTO EXCLUSIVO AO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em 2 Coríntios 9 há 15 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, 2 Coríntios 9.1-15 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Olá, professor(a)! Nesta lição veremos que Paulo prossegue no argumento em favor de uma fé aplicada que demonstrasse a prática bíblica do amor ao próximo. Mas agora ele expande a ideia, pois não alega apenas a necessidade de contribuírem financeiramente. O foco agora é o impacto do testemunho sobre as igrejas da Macedônia, pois eram igrejas pobres e que seriam profundamente abaladas caso os coríntios a quem Paulo já havia feito vários elogios resolvessem desistir de participar da coleta de recursos. A lição deve provocar a reflexão acerca do funcionamento das trocas no reino de Deus: todos devem contribuir com o melhor que puderem e sob um sincero interesse pela vida do próximo, desse modo todos glorificam o Pai, que nos deu tudo sem merecermos.
OBJETIVOS
- Contribuir com tudo entre todos.
- Partilhar com alegria.
- Adorar a Jesus pela salvação que nos alcançou.
PARA COMEÇAR A AULA
Comece a aula pedindo que os irmãos recordem a última vez que prestaram socorro aos mais carentes da congregação. Se não temos memória dessa assistência aos necessitados é porque não temos retribuído a eles o favor da prosperidade que recebemos de Jesus. Entregue uma bolinha de papel a cada irmão e depois peça a dois voluntários que venham à frente. Cada pessoa deve jogar sua bolinha em direção aos voluntários e eles não podem deixá-las cair. Ao final, explique que cada bolinha é a vida do próximo. Portanto, se não cuidarmos o irmão padece.
LEITURA ADICIONAL
Os primeiros cinco versículos do capítulo 9 contém comentários bem diretos da parte de Paulo, acerca da contribuição para os pobres da Judeia, iniciada em Corinto há mais de um ano. Para que os coríntios não perdessem o entusiasmo pela causa, Paulo utiliza uma boa dose de “psicologia santificada”. Ele diz que tem confiança neles e sabe que irão completar o que já iniciaram. Ele não passa a rogar; diz apenas que anda gloriando-se da generosidade dos coríntios entre as igrejas da Macedônia e que os seus comentários têm despertado a generosidade dos próprios macedônios. Agora, Tito e mais dois irmãos buscarão a oferta recolhida em Corinto, e alguns macedônios acompanharão Paulo a Corinto rumo a Jerusalém, com a oferta das suas igrejas. Que situação embaraçosa para Corinto, se suas ofertas não estivessem prontas para serem levadas! Através da previsão e do planejamento, Paulo espera poupar a igreja dessa vergonha. Ele tenta estimular o entusiasmo dos coríntios para que possam dar com alegria e não de má vontade. Ao ofertarmos com boa vontade e alegria, a graça da contribuição traz muitos resultados bons para nossa própria vida. Em primeiro lugar, encontraremos grande felicidade na nossa vida de serviço ao Senhor e aos nossos semelhantes. As ofertas aumentarão e muitas necessidades serão supridas. Deus é louvado e os laços de fraternidade cristã se estreitam ainda mais. Daí oramos uns pelos outros, e aqueles que dão, recebem bênçãos recíprocas. “Aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (G1 6.7). Essa é uma das leis universais de Deus. Vigora na agricultura e nas ações humanas, podendo-se aplicar aos bens materiais, à saúde, à vida social e à condição espiritual.
Livro: Comentário Bíblico: 1 e 2 Coríntios (Thomas Reginald Hoover, CPAD, 1999, pp. 195-196).
Texto Áureo
“E isto afirmo: aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará” 2Co 9.6
Leitura Bíblica Com Todos
Verdade Prática
Os que partilham sem avareza glorificam a Deus e são abençoados abundantemente.
INTRODUÇÃO
I- ASSISTÊNCIA AOS IRMÃOS NECESSITADOS 9.1-5
1- Exemplo que estimula os outros 9.1-2
2- Preparação necessária 9.3
3- Generosidade sem avareza 9.4-5
II- A SEMEADURA 9.6-11
1- Colhe quanto planta 9.6-7
2- Alegria e proporcionalidade 9.8-9
3- Mais semente para o que semeia 9.10-11
III- PROPÓSITO E EFEITO DA GENEROSIDADE 9.12-15
1- Tudo para a glória de Deus 9.12
2- Fortalece a comunhão e o testemunho 9.13
3- Retribuem com afeto e oração 9.14
APLICAÇÃO PESSOAL
DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda – 2Co 9.2
Terça – 2Co 9.5
Quarta – 2Co 9.6
Quinta – 2Co 9.7
Sexta – 2Co 9.8
Sábado – 2Co 9.10
Hinos da Harpa: 224 – 147
INTRODUÇÃO
De maneira inteligente e profunda, Paulo argumenta em favor da partilha como prática característica do Reino de Deus. A economia do Reino coloca todos os indivíduos em ação uns pelos outros e todos em honra e glória ao nome do Rei Jesus.
I- ASSISTÊNCIA AOS IRMÃOS NECESSITADOS (9.1-5)
Paulo não está apenas interessado em conseguir uma oferta generosa para a Judeia. Mais que isso, seu interesse é que todas as igrejas manifestam igual prática fraterna e que se reconheçam como corpo de Cristo.
1- Exemplo que estimula os outros (9.1-2) Ora, quanto à assistência a favor dos santos, é desnecessário escrever-vos (9.1).
A escrita de Paulo revela-nos as intenções e habilidades de um bom missivista. Ao dizer que não precisaria dizer nada sobre a importância de eles auxiliarem os santos, fica subentendida a seriedade deste compromisso. Agora, Paulo menciona o quanto os tem elogiado na Macedônia: “me glorio junto aos macedônios, dizendo que a Acaia está preparada [para ofertar] desde o ano passado” (9.2). Para tornar o argumento mais persuasivo, Paulo informa que na Macedônia a igreja de Corinto é considerada um exemplo de disponibilidade. Ora, a expectativa do apóstolo era a de que os coríntios, sabendo que se tornaram um exemplo e que as igrejas mais humildes os imitavam, se sentissem encorajados a partilhar de tudo que pudessem com grande alegria e generosidade. Ao mesmo tempo, ao mencionar os comentários que fez em outras igrejas a respeito dos coríntios, Paulo demonstra a eles o quanto são lembrados e amados por ele. Já vimos que todo esse carinho pastoral não exclui a correção quando necessária, mas nesse trecho da carta o apóstolo está empenhado em ressaltar o quanto acredita na restauração dos coríntios.
2- Preparação necessária (9.3) Contudo, enviei os irmãos, para que o nosso louvor a vosso respeito, neste particular, não se desminta.
Depois de expor os muitos motivos que os coríntios tinham para participar generosamente da coleta, Paulo lhes revela uma preocupação: depois de terem dado ouvido às calúnias e aos falsos ensinos, será que realmente entregariam a oferta que começaram a organizar um ano antes? A essa altura, podemos entender melhor tanto empenho argumentativo para que a igreja em Corinto efetivamente participasse. Imaginemos a repercussão de uma súbita desistência dos coríntios, isso seria um testemunho péssimo para aquela igreja e para todas as demais que, a partir dos elogios feitos pelo próprio apóstolo, contavam com um exemplo de dedicação e comunhão com o corpo de Cristo. Um ministro responsável zela pelo rebanho, por isso Paulo envia os emissários como garantia de que tudo vai correr bem. Seu cuidado é não deixar os coríntios desanimarem ou voltarem aos antigos enganos.
3- Generosidade sem avareza (9.4-5) Portanto, julguei conveniente recomendar aos irmãos que me precedes- sem entre vós e preparassem de antemão a vossa dádiva já anunciada, para que esteja pronta como expressão de generosidade e não de avareza (9.5).
O apóstolo explica claramente o que motivou a decisão de enviar os emissários antes de ele mesmo voltar a Corinto. A inquietação de Paulo era coerente, pois sabemos que os falsos mestres, que costumavam levantar o povo contra a pregação do apóstolo, ainda continuavam agindo. Era preciso uma estratégia de acompanhamento e discipulado para garantir que a igreja continuaria no propósito de ser fiel a Deus através do compromisso com os irmãos. Ao enviar colaboradores que o antecederam, Paulo tinha a expectativa de que obreiros bem preparados por ele pudessem agir preventivamente. Quando retornou à Acaia, vindo da Macedônia, Paulo esteve acompanhado por Sópatro, de Beréia; por Aristarco e Secundo, de Tessalônica (At 20.2-6). Esses irmãos devem ter sido os que o antecederam e o auxiliaram durante os três meses em que esteve de volta à Acaia e, provavelmente, em Corinto (1Co 16.5-7), antes de seguir com as ofertas para Jerusalém.
II- A SEMEADURA (9.6-11)
A conhecida lei da semeadura não consiste em ofertar com indisposição e avareza, pois o que semeamos é o amor e o cuidado pelos irmãos. Essa é uma grande chave de prosperidade espiritual e material. Não se trata de ofertar muito, mas de oferta o máximo possível com grande alegria.
1- Colhe quanto planta (9.6-7) Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria (9.7).
Embora Corinto fosse uma cidade comercial portuária, Paulo utiliza uma imagem agrícola para explicar a dinâmica da generosidade manifesta em favor do Reino de Deus: quem pouco semeia pouco também colherá; quem muito semeia colherá com abundância. A intenção do apóstolo é incentivar a generosidade e advertir para os prejuízos da avareza. Quem tem a oportunidade de partilhar seus recursos com os irmãos os quais são o próprio Reino de Deus (Lc 17.20-21)- “ao Senhor empresta, e este lhe paga o seu benefício.” (Pv 19.17). Não se trata da quantidade ofertada, mas do modo como é apresentada a oferta. Partilhar com tristeza mostra que o coração enganoso do homem tem seu penhor no dinheiro, mas desconhece a promessa da colheita. Nesses casos, ainda que se aproveite a oferta, o ofertante é recusado e nada colherá. Observe que, indiretamente, Paulo está instigando os coríntios a apresentarem o fruto da generosidade, o qual deveria ser proporcional à semeadura do Evangelho que lhes foi anunciado gratuitamente (1Co 9.18).
2- Alegria e proporcionalidade (9.8-9) Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra (9.8).
Na lição anterior falamos sobre a boa vontade, aquela que reflete os propósitos de Deus. Ele está mostrando aos coríntios que, se resistirem à avareza e apresentarem suas ofertas com boa vontade, estarão manifestando de maneira prática a graça de Deus que atua em nós como um poder para resistirmos ao mal. É a graça que nos capacita para as boas obras, aquelas que não são movidas por natureza humana, mas sim por que Deus as instrui. O que Paulo está dizendo aos coríntios é que Deus pode enchê-los do Seu poder – “fazer-vos abundar em toda graça” – até que manifestem propósitos corretos, como o fez com os macedônios ao motivá-los a partilhar a despeito de sua pobreza (8.4-5). Precisamos entender que Deus prosperou alguns para que auxiliem os demais (9.9), nada do que recebemos deve ser retido com negligência.
3- Mais semente para o que semeia (9.10-11) Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira (9.10).
Para que toda boa obra prospere em abençoar os irmãos da Judéia, Deus não deixará que falte a semente ao semeador. Quanto mais alguém semeia, mais semente e pão receberá de Deus para que, assim, continue manifestando as boas obras entre os mais pobres. A intenção dessa explicação é mostrar que a avareza exclui as pessoas da lógica e da economia do Reino. Quem investe no reino e serve aos mais necessitados terá sempre “ampla suficiência” de recursos para que continue a boa obra, pois Deus “enriquecendo-vos, em tudo, para toda generosidade” (9.11) “multiplicará os frutos da vossa justiça” (9.10; Os 10.12). Perceba que a obra do justo será recompensada por Deus e que o propósito do enriquecimento é a generosidade, pois a partilha generosa “faz que, por nosso intermédio, sejam tributadas graças a Deus” (9.11) e por isso seremos recompensados. Note como o apóstolo está empenhado em promover a união entre a igreja de Corinto, as demais igrejas gentias e a igreja dos judeus convertidos ao Evangelho. Os que recebem ajuda não sofrerão aflições e por esse ganho glorificarão a Deus; os que doam receberão de Deus ganho maior do que aquele que ofertaram.
III- PROPÓSITO E EFEITO DA GENEROSIDADE (9.12-15)
Atos de partilha sincera geram comunhão e permitem que os princípios do reino de Deus sejam vividos pela igreja. Entre os coríntios, a oferta generosa seria a prova da sua conversão sincera.
1- Tudo para a glória de Deus (9.12) Porque o serviço desta assistência não só supre a necessidade dos santos, mas também redunda em muitas graças a Deus.
Tudo isso resulta em louvo- res a Deus, amor incondicional e sincero agradecimento a Ele, de quem tudo provém. Deus escolheu incluir os homens na assistência mútua para que cada um reconhecesse no seu irmão uma bênção. Veja, o que partilha abençoa o mais humilde e este também o abençoa, pois a sua fragilidade gera a ocasião para o auxílio e, consequentemente, a recompensa de Deus. Por isso, Paulo já havia recomendado que os coríntios fossem abundantes na obra do Senhor, porque receberam de outros o que tanto precisavam em meio à pobreza espiritual, pois os mais pobres também os abençoaram com suas orações e súplicas em seu favor. Assim é posto em prática o reino de Deus. É importante notarmos que a necessidade de uns é responsabilidade de todos, de modo que ninguém seja apanhado em avareza e indiferença.
2- Fortalece a comunhão e o testemunho (9.13) Visto como, na prova desta ministração, glorificam a Deus pela obediência da vossa confissão quanto ao evangelho de Cristo e pela liberalidade com que contribuís para eles e para todos.
Sob a perspectiva de Paulo, a contribuição dos coríntios seria uma “ministração” [gr. diakonia], ou seja, um serviço prestado como culto, tendo em vista que tal atitude resultaria em “muitas graças a Deus” (9.12). É válido observar que Paulo entende tal serviço como uma prova à qual os coríntios deveriam se submeter. A ministração ou serviço feito com propósito de louvar a Deus também provaria a obediência da igreja ao pastoreio de Paulo. Tal obediência não tinha o propósito mesquinho de mostrar quem dá as ordens, na verdade a intenção de Paulo era que a “confissão quanto ao evangelho de Cristo” fosse demonstrada “pela liberalidade com que contribuís para eles”. Diante de um testemunho prático todos os irmãos, gentios e judeus, “glorificam a Deus pela obediência da vossa confissão” (9.13).
3- Retribuem com afeto e oração (9.14) Enquanto oram eles a vosso favor, com grande afeto, em virtude da superabundante graça de Deus que há em vós.
Paulo já nos mostrou que a comunhão entre os santos das diversas igrejas “redunda em muitas graças a Deus” (9.12), mas agora ele retorna ao tema, quase didaticamente, para reforçar a ideia de que partilhar significa fazer parte do Reino. Ele explica que, em proporção muito maior ao que partilharam com a igreja da Judéia, os coríntios seriam também abençoados, pois enquanto contribuiriam com seus recursos financeiros “oram eles a vosso favor, com grande afeto” (9.14), porém, não se trata apenas de uma troca de favores ou de conveniências; não é uma ação social nas quais pessoas são celebradas por seu ativismo. Trata- -se de um culto onde Deus é adorado, pois Dele provém a graça, a boa vontade e as boas obras.
APLICAÇÃO PESSOAL
Devemos ter consciência de que tudo que temos pertence a Deus e deve ser partilhado com alegria conforme Jesus ensinou.
RESPONDA
1) Por que Paulo temia que os coríntios desistissem de participar da coleta para a igreja da Judéia?
R. Porque seria um exemplo muito ruim para as demais igrejas.
2) Por que Paulo selecionou homens honrados para organizar a oferta em Corinto?
R. Para se assegurar de que não desistiriam de ofertar nem fariam falsas acusações de desonestidade.
3) Qual a justiça feita a quem oferta com generosidade?
R. Toda semente generosa é multiplicada por Deus.
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